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A comovente história da grávida que enfrentou um câncer durante a gestação

Igreja 20/11/2019/ 12:20:01
A comovente história da grávida que enfrentou um câncer durante a gestação

Há alguns meses, começou a circular em grupos de mensagens e em redes sociais a história de uma jovem cuja condição clínica exigia que uma cirurgia de alta complexidade fosse realizada com urgência. Identificada com a hashtag #estamoscomagih, a ação contava com a foto da sorridente mamãe com sua bebê recém-nascida no colo e um resumo que, mesmo em pouquíssimas linhas, conseguia dar uma ideia bem clara da dura luta pela vida que Gilza Olioti estava enfrentando.

Em maio de 2018, durante um exame pré-natal realizado na 17ª semana de gravidez, Gilza foi diagnosticada com um tumor no colo do útero medindo seis centímetros de diâmetro. Devido à gravidade do caso, os médicos a alertaram de que a interrupção da gravidez era algo permitido por lei e que, caso ela decidisse pelo aborto, poderia iniciar imediatamente o tratamento para aquele severo tipo de câncer.

Porém, mesmo ciente de que sua condição envolvia um grande risco de morte, Gilza seguiu com a gestação e, apegada à fé, iniciou um tratamento que, devido às sessões de quimioterapia, poderia causar sequelas como cegueira ou malformação de membros do bebê.

O parto e o tratamento

A pequena Maria Júlia chegou ao mundo no dia 11 de setembro de 2018 por meio de uma cesárea e, mesmo prematura, não apresentou nenhum problema de saúde. Após o nascimento da filha, Gilza pode iniciar um tratamento mais agressivo com sessões de radioterapia e braquiterapia.

Mas a doença avançava e os médicos descobriram que o câncer já havia avançado para o ureter (canal que faz parte do aparelho urinário ligando os rins à bexiga) e a bexiga. Como a doença de Gilza foi dada como incurável, os especialistas que a tratavam alegaram que não era possível recorrer a nenhum tipo de cirurgia, e que daquele momento em diante ela deveria seguir apenas com sessões de quimioterapia paliativa que impediriam o crescimento de seu tumor.

Ciente de seu quadro e afetada pelo tratamento que lhe causava fraqueza e dores por todo o corpo, Gilza decidiu parar com as sessões de quimioterapia e, assim, poder se dedicar mais à sua bebê.

Outro diagnóstico

“O amigo fiel é um bálsamo de vida e de imortalidade, e os que temem o Senhor acharão um tal amigo” (Eclesiastes 6,16)

Como no belo versículo do Livro do Eclesiastes, Gilza recebeu o bálsamo da vida, mas, no caso dela, não foi proporcionado por apenas um amigo, mas sim por vários. No início de setembro, um grupo de amigas se reuniu para conseguir que ela fosse novamente avaliada por um outro especialista e, após novos exames do útero e da bexiga e análise de seu quadro clínico, o médico disse que a realização de uma cirurgia para a retirada do tumor, do útero e da bexiga, seria possível e poderia lhe curar.

O procedimento, porém, exigia urgência e Gilza não poderia entrar na fila de espera de um hospital beneficente ou do sistema público de saúde. Sem recursos para arcar com os R$ 100 mil previstos para a realização de uma cirurgia particular, Gilza e o marido Júlio César foram motivados por amigos a criar uma “vaquinha” virtual destinada a conseguir doações em dinheiro e, em menos de quinze dias, eles arrecadaram o valor necessário.

“Não tenho como agradecer a generosidade das pessoas e tenho fé em Deus que tudo dará certo”, declarou Gilza em entrevista, afirmando ainda que é cristã e garante estar buscando forças em Deus para vencer sua batalha.

No  dia 27 de outubro, Gilza passou por um procedimento de alta complexidade denominado Exenteração Pélvica mas já está em casa, ao lado da família, e através das redes socias tem mostrado como está sendo sua recuperação. Recentemente, entre mensagens de agradecimento a todos que contribuíram com sua cirurgia, ela registrou também uma declaração de amor à sua Maria Júlia: “Essa foto foi tirada pouco antes da minha cirurgia. Eu a beijei e apertei como se fosse a última oportunidade. Não sabia se teria essa chance novamente… agora estou aqui, vendo ela andar pelo apartamento pra lá e pra cá…eu novamente sem poder segurá-la. Mas dessa vez por tempo determinado”, escreveu.

* Com informações do Jornal Tribuna Ribeirão


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