GALERIA

Isso Vai Passar

Silmara era uma jovem talentosa e bastante rica.

Jamais havia conhecido dias ruins.

Era uma menina que Crescera entre os livros, a arte e as horas de lazer.

Foi então que chegou o dia que Silmara decidiu deixar o lar paterno.

Tinha os seus próprios sonhos.

Inscreveu-se em um curso em outra cidade e partiu. Meses depois, surpreendeu a família informando que pretendia não mais retornar à casa.

Silmara se Identificava de tal forma com os costumes e a vida da outra cidade onde se encontrava, que se decidira por não retornar à terra natal.

Conseguiu um emprego, para se manter, foi um desafio. Se adaptando ao novo lugar, Silmara venceu barreiras.

Em uma tarde de passeio, Silmara encontrou um rapaz, tão jovem quanto ela própria, e se apaixonou.

O namoro durou alguns meses, depois veio o matrimônio.

Ele era de um temperamento bem difícil de Silmara e logo ela descobriu que eram muito diferentes.

Ele manifestava atitudes que a magoavam profundamente. Ela se sentia só e infeliz.

Silmara Idealizara uma vida serena, a dois, e tudo o que encontrava a cada dia eram problemas se somando a dificuldades.

Foi então que ela Recordava-se do aconchego materno e passou a telefonar para sua mãe, nas horas da madrugada, quando se sentia mais desesperada.

– Não aguento mais, disse uma noite.

– Que posso fazer, a milhares de km de distância?

Perguntava para sua mãe.

Servindo-se de palavras doces, foi acalmando a filha. E, por fim, lhe disse:

– Filha, apanhe um sabonete e escreva num espelho: “Isso vai passar.

” Amanhã eu te telefono meu amor…

Quando a noite foi vencida pela madrugada e as horas da manha se anunciaram, ela telefonou para a filha.

Em prantos, a moça lhe disse:

– Eu escrevi, mamãe, como você mandou. Mas não adiantou nada. Nada passou.

Do outro lado da linha, a voz firme da mãe se fez ouvir:

– Minha Filha… Agora Torne a apanhar o sabonete e embaixo da frase, escreva agora:

“Todas As coisa boas entre vocês e as ruis.”

A filha não conseguiu entender muito bem o que a mãe lhe desejava dizer com aquilo, mas obedeceu.

Então, quando o telefone tornou a tocar, na rica residência dos pais, a voz da filha estava mais calma:

– Eu entendi, mamãe.

Eu entendi que devo analisar as coisas positivas, não somente ficar pensando nas coisas ruins do meu casamento.

Mãe… Eu escrevi tudo o que de bom já vivi com o Marcio . Quando comecei a relacionar as coisas ruins, percebi que não eram tantas mãe…

Eu, eu Vou reformular minha vida.

Vou tentar outra vez. Desejo ser feliz com ele. Na verdade eu descobri que eu o amo…

Aliviada, a mãe percebeu que havia alcançado o objetivo.

A filha agora mais calma, estava disposta a lutar pelo seu amor com Marcio..