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“Não, meu filho, esse não conta. O que a gente dá aos pobres, a gente esquece”


O Pe. Gabriel Vila Verde compartilhou a seguinte mensagem:
Lembro-me de um episódio que se deu quando eu tinha 11 anos. Estava eu com minha família, no Santuário do Bom Jesus da Lapa. Naquela época, meu pai me deu 10,00 reais para gastar. Dez reais valia muito, eu me sentia o Silvio Santos, distribuindo dinheiro.

Como era um valor “muito alto”, precisava ser administrado com atenção. Na entrada do Santuário, alguns pobres pediam dinheiro e, como católico, tirei duas moedas de 0,50 centavos e dei. Ao voltar para o hotel, pedi a minha avó que me ajudasse a fazer os cálculos de despesa do dia. Comecei, então, a contar:

2,00 da imagem;
1,00 do sorvete;
3,00 do CD;
0,50 das fitinhas;
1,00 da esmola…

Foi quando minha avó interferiu, dizendo: “Não, meu filho. Esse aí você não conta. O que a gente dá aos pobres, a gente esquece“.

Aquela lição eu levei para a vida. A caridade feita a alguém, jamais pode ser vista como despesa. Pelo contrário: é um investimento no Banco de Deus.

Grandes lições que levamos por toda a vida, não aprendemos em bancos de universidades, mas na convivência com pessoas sábias.